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Economia 05/08/2025

Brasil Ganha Espaço na China com Café, Mas Enfrenta Tarifas dos EUA

Brasil Ganha Espaço na China com Café, Mas Enfrenta Tarifas dos EUA

A China autorizou 183 novas empresas brasileiras a exportarem café para seu território, em uma medida anunciada pela Embaixada da China no Brasil e com validade de cinco anos. O gesto sinaliza um fortalecimento das relações comerciais entre os dois países e abre oportunidades para o setor cafeeiro nacional em um momento de incertezas no mercado norte-americano.

Embora o consumo per capita de café na China ainda seja baixo cerca de 16 xícaras por ano, muito abaixo da média mundial de 240 o interesse dos chineses pela bebida vem crescendo de forma consistente. Entre 2020 e 2024, as importações líquidas chinesas aumentaram em mais de 13 mil toneladas, o que evidencia o potencial de expansão do mercado asiático.

Enquanto isso, o Brasil enfrenta obstáculos no tradicional mercado dos Estados Unidos, principal destino do café brasileiro. Em 2025, o governo norte-americano impôs uma tarifa de 50% sobre a importação do produto, deixando-o fora da lista de quase 700 produtos brasileiros isentos da nova taxação. A medida afeta diretamente as exportações da variedade arábica, essencial para a indústria de torrefação dos EUA.

Somente no primeiro semestre de 2025, os Estados Unidos importaram mais de 3,3 milhões de sacas de 60 quilos, representando cerca de 23% das exportações totais do Brasil. A China, por sua vez, importou 530 mil sacas no mesmo período, ocupando a décima posição no ranking dos maiores compradores.

Diante desse cenário, especialistas do Cepea/Esalq-USP destacam a necessidade de diversificação de mercados e ajustes logísticos. A recomendação é que o setor cafeeiro brasileiro aja com rapidez e desenvolva estratégias comerciais eficazes para mitigar os impactos da tarifa americana.

Até o momento, nem o Ministério da Agricultura nem o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) se pronunciaram oficialmente sobre as mudanças. A abertura do mercado chinês, no entanto, pode representar uma nova rota de crescimento para o café brasileiro.

 

Informações da Agência Brasil


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